Os parques Villa-Lobos e Cândido Portinari, na zona oeste de São Paulo, serão os primeiros do país a serem totalmente abastecidos com energia solar. Uma miniusina produzirá 665 megawatts hora (MWh) por ano, o suficiente para atender às áreas do estacionamento, lanchonetes e de esportes dos parques.
A energia gerada pelas plantas fotovoltaicas vai atender todo o consumo dos dois parques, tornando-os autossustentáveis. No entanto, para garantir energia à noite e em dias de forte nebulosidade, eles continuarão conectados à rede de fornecimento de eletricidade convencional, em sistema de compensação.
A principal instalação do projeto é uma minicentral fotovoltaica de 531 quilowatts pico (kWp, medida de potência energética associada a células fotovoltaicas). O equipamento está localizado no bolsão do estacionamento do Parque Cândido Portinari, segundo a Secretaria de Energia e Mineração do Governo do Estado de São Paulo.
Para a geração de energia nos parques foram investidos R$ 17 milhões, destinado à construção da planta e realização de pesquisa na área. Parte do investimento veio da Companhia Energética de São Paulo (CESP). Desse total, R$ 13 milhões foram utilizados na construção de uma microcentral, na instalação de 40 postes e de uma cobertura para veículos com mais de 3 mil placas de captação de energia.
O projeto foi idealizado pela Secretaria de Energia e Mineração e realizado por meio do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). “Com a implantação da energia fotovoltaica aqui na cobertura do estacionamento, vamos economizar cerca de R$ 270 mil por ano em contas de energia dos parques Villa-Lobos e Cândido Portinari”, disse o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Somados, os dois parques consomem cerca de 55 MWh por mês, o que representa um custo anual aproximado de R$ 390 mil. Com a implantação da usina de energia solar, os parques vão ter, segundo o governo paulista, uma redução de cerca de 70% do valor da conta de luz.
Adaptado de Secretaria de Energia e Mineração e ISTOÉ, 26 de Maio de 2017